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segunda-feira, 30 de maio de 2011

Cidade e Representações: Maracajá nas produções do historiador Lúcio Vânio Moraes

O presente texto busca tratar das obras publicadas pelo historiador maracajaense Lúcio Vânio Moraes, que desde que passou a fazer sua graduação em História na Universidade do Extremo Sul Catarinense (UNESC) no ano 2000, dedicou-se em pesquisar e garantir o registro da memória e história da cidade de Maracajá.
Maracajá é uma cidade situada no sul de Santa Catarina. Sua emancipação política administrativa ocorreu em 12 de maio do ano de 1967, tendo como um dos personagens principais para a emancipação o pároco frei Eusébio Ferreto. 
De acordo com a nota biográfica do autor em seu recente livro intitulado "Memória Escolar e campo religioso: Identidade e imaginário católico na escola de Educação Básica Manoel Gomes Baltazar", 2010, diz que "Lúcio Vânio Moraes é natural de Maracajá. Nasceu em 27 de julho de 1980. É filho de Lorena Duarte e de Lúcio Olavino Moraes. Casado com Auridéia Réus Cardoso Moraes. Graduou-se em História e fez o Mestrado em Educação na UNESC e atualmente dedica-se ao doutorado em História Cultural na Universidade Federal de Santa Catarina-UFSC, com a orientação do professor Dr. Artur Cesar Isaia"MORAES, Lúcio Vânio. Memória escolar e campo religioso, p. 02, 2010). Atualmente o historiador Lúcio Vânio Moraes é responsável pelo Centro Histórico Avetti Paladini Zilli e leciona a disciplina de Educação Patrimonial e Ensino Religioso nas escolas da rede pública municipal em Maracajá. Lúcio Vânio Moraes possui aproximadamente 300 textos acadêmicos publicados no jornal Folha Regional que discute a história da cidade de Maracajá e cidades vizinhas. Apresentou trabalhos acadêmicos em simpósios e encontros em algumas Universidades do Brasil.    
Os trabalhos produzidos pelo historiador Lúcio Vânio Moraes tem como temática o estudo da cidade, patrimônio cultural e religião.

Memória do campo religioso em Maracajá

Seus primeiros estudos sobre a cidade de Maracajá foi sobre a história e memória dos evangélicos da Igreja Evangélica Assembleia de Deus. Teve como orientação para esse trabalho a historiadora da Universidade do Extremo Sul Catarinense (UNESC) doutora Marli de Oliveira Costa. Nessa pesquisa Lúcio Vânio Moraes pesquisou como foi o processo de constituição de uma igreja pentecostal em Maracajá, revelando por meio de depoimentos, documentos escritos e fotografias a presença de fiéis evangélicos que passaram a trazer outras características para o campo religioso de Maracajá. O historiador Lúcio Vânio Moraes apresentou trabalhos em encontros de Iniciação Científica e publicou sua pesquisa na Revista de Iniciação Científica na UNESC no ano de 2004 com o seguinte título de seu artigo: "Histórias e silêncios: Lembranças dos Evangélicos da cidade de Maracajá- SC (1947/1963). (Revista de Iniciação Científica- UNESC, Criciúma-SC. v. 2, n. 2, p. 199-230, 2004).

Livro da Paróquia Nossa Senhora da Conceição- Maracajá-SC

O primeiro livro publicado pelo historiador Lúcio Vânio Moraes foi em 2008 com a obra intitulada "História e Memória Religiosa: Paróquia Nossa Senhora da Conceição de Maracajá SC (1956/2006). Maracajá: Ed. do autor, 2008". Nesta livro Lúcio Vânio Moraes já havia se formado no curso de história e possuía sobre Maracajá uma produção de textos, artigos já considerado. Isso o levou a pensar em publicar um livro que buscasse trazer algumas facetas da história econômica, política, cultural e religiosa de Maracajá.
Para nortear a escrita do livro, Lúcio Vânio Moraes levantou os seguintes problemas: De que forma deu-se a presença do catolicismo na cidade Maracajá? Quais os fatores que possibilitaram a presença da Igreja Católica em Maracajá? O que possibilitou para que o catolicismo crescesse em Maracajá? Como se deu a organização dos fiéis católicos para a construção da capela em Morretes (Maracajá) por volta dos anos de 1929 e após a Matriz em 1959? Qual o imaginário da população católica para sentirem-se incentivados ao trabalho voluntário nas construções da paróquia? Quais os principais objetivos das visitas dos padres de Araranguá em Maracajá? Quais os principais fatores do desmembramento da capela de Maracajá como campo eclesiástico de Araranguá? Quais as necessidades que os freis tiveram como o início da recém criada paróquia? De que forma que deram-se as relações dos freis com as autoridades políticas da região? Quais as influências de frei Eusébio na criação do município de Maracajá?(MORAES, Lúcio Vânio. História e Memória Religiosa: Paróquia Nossa Senhora da Conceição de Maracajá SC (1956/2006). Maracajá: Ed. do autor, 2008, p.20-21).
No livro o autor procurou perceber a atuação do catolicismo no momento da colonização de Maracajá, as ações materiais e imateriais extensivas em todos os setores da sociedade pelos porta-vozes como concorrência mercadológica, analisar os discursos e práticas dos freis no processo de normatização de comportamentos dos fiéis católicos. Esses foram os objetivos a serem perseguidos pelo historiador Lúcio Vânio Moraes.(MORAES, Lúcio Vânio. História e Memória Religiosa: Paróquia Nossa Senhora da Conceição de Maracajá SC (1956/2006). Maracajá: Ed. do autor, 2008, p.22).

Cidade, memória e história

O trabalho de Conclusão de Curso de Lúcio Vânio Moraes teve como foco a ferrovia Tereza Cristina em Maracajá. Com esta pesquisa o historiador defendeu seu trabalho de monografia em 2004, trazendo ótimas contribuições para o campo da cidade, memória, vida urbana e preservação patrimonial. Lúcio Vânio Moraes teve como orientador o professor Dr. Dorval do Nascimento, o qual possibilitou orientações positivas para que Lúcio Vânio Moraes desenvolvesse um trabalho com consistência teórica e empírica.
O trabalho de monografia de Lúcio Vânio Moraes teve como título "Estradas retilíneas: a presença da Estrada de Ferro Dona Tereza Cristina em Maracajá (1920-1967). Cidade, memória e vida urbana. 2004. Monografia de Conclusão de Curso em História – UNESC, Criciúma (SC). Nesta pesquisa o historiador procurou apresentar como foi a presença da ferrovia em uma localidade predominantemente rural e que impulsionou o crescimento da localidade e a constituição de Maracajá.
Para nortear a discussão de sua monografia, o historiador Lúcio Vânio Moraes levantou os seguintes problemas: De que forma se expressava o imaginário de progresso e crescimento para a região Sul com a presença da ferrovia? Como a elite política e comerciantes de Tubarão representavam a região Sul antes da Estrada de Ferro? Como as pessoas representaram a presença da estrada de ferro em Maracajá? Qual a importância da presença da Estrada de Ferro Teresa Cristina para a estruturação de Maracajá? De que forma a Estrada de Ferro influenciou a vida urbana da cidade? Quais os fatores que possibilitaram o crescimento econômico, populacional e geográfico em torno da estação e da ferrovia? De que forma se deu a manifestação da vida urbana na estação ferroviária? Quais os principais elementos que possibilitaram a retirada da estrada de ferro do ramal Araranguá- Maracajá- Pinheirinho?(MORAES, Lúcio Vânio. Estradas retilíneas: a presença da Estrada de Ferro Dona Tereza Cristina em Maracajá (1920-1967). Cidade, memória e vida urbana. 2004(Monografia de Conclusão de Curso em História – UNESC, Criciúma (SC), introdução, p. 04-05).   
Para dar conta em descrever aos problemas levantados, Lúcio Vânio Moraes dividiu o trabalho didaticamente em quatro capítulos, para que a ideia fosse facilmente compreendida. No primeiro capítulo discutiu a cidade como campo de pesquisa interdisciplinar. Cidade como documento, onde que por meio de suas marcas, cacos, se possa ler a cidade do passado. No segundo capítulo, o historiador estudou a presença da Estrada de Ferro Dona Teresa Cristina em Maracajá. O prolongamento da ferrovia Criciúma- Araranguá, construção da estação, sua localização e construção de outras edificações da ferrovia. No terceiro capítulo procurou representar a intensa vida urbana que se desenrolava em torno da ferrovia e principalmente em torno da estação ferroviária. No quarto e último capítulo, elaborou reflexões primeiramente, como que as autoridades políticas e comerciantes de Tubarão representavam a região Sul de Santa Catarina antes a presença da ferrovia na região. Procurou entender como as pessoas representaram a ferrovia em Maracajá e quais os fatores que oportunizaram a retirada da ferrovia na cidade, bem como os demais vestígios da ferrovia.(MORAES, Lúcio Vânio. Estradas retilíneas: a presença da Estrada de Ferro Dona Tereza Cristina em Maracajá (1920-1967). Cidade, memória e vida urbana. 2004(Monografia de Conclusão de Curso em História – UNESC, Criciúma (SC), p. 04-06).     
Em sua monografia Lúcio Vânio Moraes escreveu que "Maracajá foi uma cidade que se estruturou após a presença da Estrada de Ferro Dona Tereza Cristina. Com sua chegada no ano de 1920, despertou-se um conjunto de representações vinculadas ao progresso, ao crescimento e ao desenvolvimento da região. As pessoas acreditaram que a ferrovia iria desencadear oportunidades para estabelecimento de comércios, para emprego, casas familiares, etc." (MORAES, Lúcio Vânio. Estradas retilíneas: a presença da Estrada de Ferro Dona Tereza Cristina em Maracajá (1920-1967). Cidade, memória e vida urbana. 2004. Monografia de Conclusão de Curso em História – UNESC, Criciúma (SC), p. 65-66. Ainda segundo o autor, "esse imaginário social oportunizou o deslocamento de pessoas de outros lugares, um fluxo migratório que contribuiu, sensivelmente, para o seu crescimento". (MORAES, Lúcio Vânio. Estradas retilíneas: a presença da Estrada de Ferro Dona Tereza Cristina em Maracajá (1920-1967). Cidade, memória e vida urbana. 2004. Monografia de Conclusão de Curso em História – UNESC, Criciúma (SC), p. 65-66). Confirma esse fato o depoimento colhido por Lúcio Vânio Moraes do Sr. Alfredo de Pellegrini: “quando meu pai [Sr. Giácomo de Pellegrini] chegou aqui no Cedro em 1920, porque antes de ser Morretes era conhecido por Cedro, a estrada de ferro estava sendo construída. Ele veio por causa da estrada de ferro. Pensava ser um ponto de comércio e achava que a cidade iria progredir. Acreditava que, com a estrada de ferro, teria o transporte dos produtos, e as pessoas viriam de outros lugares para trabalhar no local. Assim que o pai chegou, colocou um comércio de “Secos e Molhados”, tipo um budegão, hoje, para vender aos trabalhadores da estrada. Depois desse comércio, meu pai colocou uma fábrica de banha, que era localizada próxima à antena da Celesc, hoje (Rua Manoel José da Rocha), era uma casa de madeira às margens do Rio Mãe Luzia. Ali meu pai comprava porcos das pessoas da colônia, os quais ele engordava, matava, fazia a banha e transportava para Laguna, tudo pela estrada de ferro. Além disso, meu pai também comprava dessas pessoas a farinha de mandioca e outros produtos e revendia para compradores de Laguna”. (MORAES, Lúcio Vânio. Estradas retilíneas: a presença da Estrada de Ferro Dona Tereza Cristina em Maracajá (1920-1967). Cidade, memória e vida urbana. 2004. Monografia de Conclusão de Curso em História – UNESC, Criciúma (SC), p. 68).Segundo o historiador Lúcio Vânio Moraes, "além do sr. Giácomo de Pellegrini, que abriu comércio, houve muitos outros, como o sr. Celso Henrique Freitas, o sr. Eduviges Souza e o sr. Guerino Lourenço De Luca,  possuidores de grandes quantidades de terra em Morretes. Em razão da grande procura de locais para recepcionar os comerciantes da região, o sr. Celso Henrique Freitas construiu por volta de 1930 um hotel e restaurante próximo à Estação Ferroviária, na Av. Getúlio Vargas, ao lado da Prefeitura Municipal. O sr. Eduviges Souza possuía também comércio de roupas e outros utensílios; por volta de 1930, a loja ficava perto do Banco do Brasil, hoje na Rua Manoel José da Rocha. Comerciantes, como chaveiros, serralheiros, sapateiros, ferreiros, donos de armazéns (secos e molhados), de açougues, de lojas de roupa e outros se instalaram também em Morretes. Além desses, havia os moradores das comunidades vizinhas, os agricultores, que passaram a produzir produtos alimentícios para transportar no trem para outras cidades da região.
Diante dos dados significativos, por volta de 1928, aproximadamente, a aglomeração de comércio provocou o pipocar de várias casas, possibilitando o crescimento populacional de Morretes, sendo assim a constituição da cidade de Maracajá".(MORAES, Lúcio Vânio. Estradas retilíneas: a presença da Estrada de Ferro Dona Tereza Cristina em Maracajá (1920-1967). Cidade, memória e vida urbana. 2004. (Monografia de Conclusão de Curso em História – UNESC, Criciúma (SC), p. 69-70).   
Esta pesquisa de Lúcio Vânio Moraes também trouxe para discussão as Casas de Turma dos ferroviários, a estação ferroviária, caixa dágua e outros elementos considerados como patrimônio cultural de Maracajá. O historiador teve como preocupação em discutir a problemática da preservação dos patrimônios na cidade de Maracajá. (MORAES, Lúcio Vânio. Estradas retilíneas: a presença da Estrada de Ferro Dona Tereza Cristina em Maracajá (1920-1967). Cidade, memória e vida urbana. 2004(Monografia de Conclusão de Curso em História – UNESC, Criciúma (SC), p. 56-71).
Parte da monografia de Lúcio Vânio Moraes foi publicada no livro publicado pela editora Samec de Florianópolis, quando o historiador juntamente com outra historiadora da cidade de Maracajá Odécia Almeida de Souza escreveram um livro sobre a história da cidade em 2009 intitulado: "Maracajá: Outras memórias- novas histórias. Florianópolis: Samec, 2009, p. 40-54).

Religião e educação

O recente livro do historiador Lúcio Vânio Moraes publicado pela editora Insular de Florianópolis-SC intitulado “Memória escolar e campo religioso: Identidade e imaginário católico na escola de Educação Básica Manoel Gomes Baltazar- Maracajá-SC (1956/1976), 2010, teve como objetivo analisar a presença do imaginário católico em uma escola pública do sul de Santa Catarina (Escola de Educação Básica Manoel Gomes Baltazar), Maracajá, entre os anos de 1959 a 1976.
O livro é resultado da pesquisa de Programa de Pós-Graduação em Educação da UNESC- Criciúma-SC, com a orientação do professor Dr. Gladir da Silva Cabral. O Mestrado em Educação teve a duração de dois anos de pesquisa e a dissertação foi defendida em dezembro de 2008. Os professores doutores que participaram da banca de qualificação e da defesa da dissertação foram Dr. Artur Cesar Isaia (UFSC) e Dr. Dorval do Nascimento (UNESC). O livro de Lúcio Vânio Moraes apresenta facetas da história da educação em Maracajá que é composto por entrevistas com alguns estudantes e professores do educandário Manoel Gomes Baltazar no período estudado, fotografias e documentos oficiais coletados nos arquivos da paróquia de Maracajá, Araranguá, Criciúma e  Tubarão, bem como no arquivo da escola de educação Básica Manoel Gomes Baltazar, Casa Lar São José, Câmara Municipal de Maracajá, arquivo do Centro Histórico Avetti Paladini Zilli e outros locais.
A metodologia de pesquisa abordada no livro de Lúcio Vânio Moraes teve por base historiadores e pesquisadores com perspectivas na corrente historiográfica história cultural. Os teóricos principais que deram suporte para entender o objeto de estudo foi o sociólogo Pierre Bourdieu, Peter Berger, Roger Chartier, a historiadora Sandra J. Pesavento e outros. (MORAES, Lúcio Vânio. Memória escolar e campo religioso: Identidade e imaginário católico na escola de Educação Básica Manoel Gomes Baltazar- Maracajá-SC (1956/1976). Florianópolis: Insular, 2010, p. 16).  
O livro possui quatro capítulos. O primeiro apresentou a presença e predominância da Igreja Católica no vale do Araranguá de 1727 até 1967; a memória do povoamento de Araranguá e desmembramento político-administrativo de Maracajá. Como também o envolvimento dos fiéis católicos na criação da paróquia de Maracajá, o processo de dinamização do campo religioso, pois, com a ferrovia Tereza Cristina em 1920 surgiu a presença de outras instituições religiosas no distrito de Morretes (atual Maracajá). No capítulo 2, o historiador analisou o grupo de católicos na constituição da escola em Morretes por volta de 1929. Apresentou o forte envolvimento da Igreja Católica no campo da educação na Escola Mista Desdobrada de Morretes e Escola Reunida Manoel Gomes Baltazar de 1932 até 1959. O terceiro capítulo descreveu a biografia do frei Eusébio Ferreto, pároco que permaneceu na paróquia de Maracajá por um período de 17 anos e sete meses e desenvolveu ações pastorais em diversas áreas da sociedade, principalmente seu envolvimento no campo da educação quanto a construção da nova escola Manoel Gomes Baltazar (1959) e solicitação de religiosas da Congregação de Santa Catarina para atuarem na escola. O capítulo 4 analisou as pedagogias missionárias pelas religiosas e por professores de forma geral, desenvolvidas na escola. Neste capítulo o autor destacou os conteúdos didáticos encharcados pelos saberes do catolicismo, o uso do catecismo como material didático, as lembranças das missas realizadas na capela da escola e também quando os professores levavam os estudantes até à igreja Católica. Abordou também ainda a forte presença de Frei Eusébio com as suas visitas na escola dando as bênçãos nos estudantes, incentivando para freqüência nas missas e outras festividades do catolicismo. Ainda nesse capítulo, Lúcio Vânio Moraes abordou a presença de estudantes protestantes pentecostais, historicizando a recepção do ensino católico para estes estudantes. (MORAES, Lúcio Vânio. Memória escolar e campo religioso: Identidade e imaginário católico na escola de Educação Básica Manoel Gomes Baltazar- Maracajá-SC (1956/1976). Florianópolis: Insular, 2010, p. 14-17).  
A teoria que norteou o livro foi na perspectiva de Peter Berger sobre a concorrência no mercado religioso. Ou seja, segundo Lúcio Vânio Moraes a Igreja Católica no vale de Araranguá e Maracajá ao perceber a presença de outras instituições religiosas na localidade buscou manter seu predomínio no campo religioso e por isso da preocupação da Igreja ter o campo da educação como mais um espaço de divulgação dos saberes católicos. (MORAES, Lúcio Vânio. Memória escolar e campo religioso: Identidade e imaginário católico na escola de Educação Básica Manoel Gomes Baltazar- Maracajá-SC (1956/1976). Florianópolis: Insular, 2010, p. 18).  De forma geral o livro trouxe grande contribuição para reflexões no campo educacional, práticas pedagógicas, questões do ensino religioso na escola pública, ensino e aprendizagem, currículo e fontes históricas. 

Considerações Finais

Buscou-se nesse texto apresentar algumas reflexões das obras produzidas pelo historiador maracajaense doutorando Lúcio Vânio Moraes e suas contribuições para se pensar a educação, religião, economia e cultura da cidade de Maracajá, de algumas cidades do estado de Santa Catarina e de forma geral pequenas facetas da história do Brasil.  
  
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 

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MORAES, Lúcio Vânio; SOUZA, Odécia Almeida de. Maracajá: Outras memórias- novas histórias. Florianópolis: Samec, 2009.     
MORAES, Lúcio Vânio. Memória escolar e campo religioso: Identidade e imaginário católico na escola de Educação Básica Manoel Gomes Baltazar- Maracajá-SC (1956/1976). Florianópolis: Insular, 2010.  
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MORAES ; COSTA, Marli de. . História e silêncios: Lembranças dos evangélicos da cidade de Maracajá (SC) 1950-1960. 2003. (Apresentação de Trabalho/Seminário).

Texto elaborado pelo Professor Lúcio Vânio Moraes para apoio pedagógico nas aulas de Educação Patrimonial/Ambiental e Ensino Religioso nas escolas da Rede Pública Municipal de Maracajá.
E-mail:lucio.v.m@bol.com.br

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