Biografia do homenageado
MATEUS JOSÉ BASÍLIO
Mateus José Basílio, estudante da 6ª série, do ano de 2009, da Escola de Educação Básica Municipal Eulália Oliveira de Bem, nasceu no hospital São João Batista em Criciúma em oito de setembro de 1996, embora o registro civil mencione a cidade de Maracajá e faleceu em 01 de setembro de 2009 aos 12 anos. Filho dos comerciantes Danir José Basílio e Adriana Darolt Basílio e irmão de Daniela Basílio. Na infância foi uma criança alegre, gostava de brincar, se relacionava bem com a família e com os amigos, porém um tanto introvertido e tímido. Iniciou a vida escolar em 2003, na Escola Isolada Municipal Sanga Grande na comunidade de Espigão da Pedra, Araranguá, onde morou toda sua vida. Em decorrência do processo de nucleação e fechamento das escolas isoladas e multisseriadas transferiu-se para a Escola de Educação Básica Municipal Eulália Oliveira de Bem, em 2007 na 5ª série do Ensino Fundamental, onde foi recebido com muito carinho e atenção pelos professores, funcionários e colegas. O processo de adaptação na nova escola deu-se de forma gradativa. Aos poucos foi se interando e superando suas dificuldades. Mateus gostava de jogar basquete, jogos no computador e tinha uma paixão por caminhões. Na comunidade onde morava participava das missas, da catequese e estava sempre brincando com amigos em sua casa e na casa dos colegas. Com a família foi um menino carinhoso e obediente. Na escola tinha uma relação de amizade e companheirismo com os colegas, professores e funcionários. Em suas atividades extra classe, sempre ficava na escola, almoçava com colegas, estava sempre brincando, conversando com seu companheiros e amigos Yuri e Nicolas. O aparelho celular sempre presente ligado na música e outros jogos. No futebol, quando participava com os colegas não se destacava, mesmo assim não deixava de fazer parte de time. Em sala de aula, atento às atividades, pois tinha uma grande vontade e persistência em sanar suas dificuldades, principalmente na língua portuguesa. A professora de Português e Inglês, Ediane Pavei Fontana, lembra com orgulho dos filmes que contava na sala e de como gostava da matéria de Inglês. Trazia muitos filmes para ela assistir, e várias sugestões, sendo que alguns filmes não teve a oportunidade de devolver. Ediane declara ainda que guarda-os com muito carinho. A colega de sala de aula, Deise da Silva, relembra que faziam oficina de reforço juntos e ele adorava fazer as atividades, pois era um menino bem educado que não magoava as pessoas. A professora de matemática, Michele Goulart da Rocha Nolla, declara com satisfação que o aluno apresentava facilidade de resolução mental de operações básicas de matemática. Para a professora de Educação ambiental/patrimonial da escola, Odécia Almeida de Souza, Mateus era uma criança que ao participar das aulas apresentava interessante, leitura de mundo pois, comentava sobre os programas de televisão que assistia, os passeios que fazia com a família, contextualizando-os com as aulas e também mostrava muita sensibilidade frente às questões problemáticas, como por exemplo, respeito à diversidade étnica e preservação ambiental. A professora lembra que o aluno era extremamente prestativo, buscava sempre contribuir com o trabalho educativo. O fato de sentar-se geralmente junto à mesa dos professores fez com que todos se aproximassem ainda mais dele e fossem o conhecendo melhor. Em declaração emocionada, a professora revela que o período de sua doença foi muito triste. Todos os dias na hora da chamada sentia um aperto no coração e rezava juntamente com os demais alunos pelo seu restabelecimento, que infelizmente não aconteceu. Entre as inúmeras atividades realizadas, ficará para sempre na memória a dramatização do livro Menina bonita do laço de fita, na qual Mateus tanto se destacou, interpretando o coelhinho preto. A Escola de Educação Básica Municipal Eulália Oliveira de Bem, que é a segunda família para muitos alunos, guarda com muito amor as lembranças do aluno Mateus que tanto alegrou a todos durante sua existência. Seu lugar é permanente nos corações dos professores, colegas e funcionários e agora será eternizado com a nomeação da biblioteca escolar.
Poesia produzida pela aluna Graziane Pereira Fernandes
Mateus...
Era um ótimo amigo
E não era comum
Ter inimigos
Adorava ler
E suas histórias reescrever
Para poder contar
e interpretar.
Porém, sua letra não era das mais bonitas
E na maioria das aulas de português
A professora fazia arrancar a folha
E escrever tudo outras vez.
Já nas aulas de educação física ele se destacava
Pois, de muitos exercícios ele gostava
Reprovou uma vez na quinta série
Porém no próximo ano ele se esforçou
E um bom aluno se tornou.
Na gincana escolar ele muito ajudou
E com muito esforço
A nossa turma ganhou
Com isso recebemos um prêmio
E ir ao cinema escolhemos.
O cinema é a lembrança mais recente
E acredito que a melhor de todas
Pois eu lembro como se fosse hoje
Que quando chegamos no centro da cidade
Seu rosto era só felicidade.
E na semana seguinte
Recebemos a notícia
Ele havia passado mal
E foi levado ao hospital.
Todos ficaram muito tristes
Com o seu falecimento
Mas de todas as horas de convivência
Prefiro guardar só os melhores momentos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário